Corpo de preso encontrado morto na cela volta para o IML depois de dois dias de velório 1n1845

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O Instituto de Medicina Legal (IML) de Palmas esteve nesta quarta-feira, 26, na casa da família em Palmas, para recolher o corpo de Carlos Augusto da Silva Fraga, Dad Charada, encontrado morto na cela do Presídio Barra da Grota, em Araguaína, no domingo, 23. O corpo estava sendo velado desde segunda-feira, 24, quando foi entregue aos familiares que se recussam a proceder o enterro por discordar da causa da morte, apontada no laudo do IML como suicídio. Familiares alegam que durante o velório notaram possíveis indícios de lesões e hematomas no corpo.

Os advogados de defesa entraram com medida na Justiça solicitando um novo exame cadavérico. Na madrugada desta terça-feira, 25, saiu a decisão ordenando a realização de novo exame. Depois de um longo ime finalmente o IML fez o recolhimento do corpo em cumprimento à decisão judicial.

Sobre o exame cadavérico que apontou suicídio e que a família discordou a Secretaria de Segura Pública emitiu nota reafirmando o teor do documento.

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) informa que o Laudo de Exame Cadavérico feito no corpo de Carlos Augusto Silva Fraga, no último domingo (23), aponta constrição do pescoço compatível com enforcamento e ausência de evidências externas e internas de lesões traumáticas.

Não há sinais de afundamento do crânio ou da face. O laudo aponta que a causa do óbito, ocorrido no último domingo, 23, se deu por asfixia mecânica devido a constrição do pescoço com características da modalidade enforcamento.

Dad Charada
Charada é apontado pela Polícia como o responsável pela onda de violência que abalou Palmas este ano, em que foram registrados mais 90 homicídios, 50 dos quais são atribuídos a ele como mandante. A motivação dos crimes, segundo a polícia, seria briga de facções que atuam na atividade do tráfico de drogas.

Dad Charada foi preso em o Fundo (RS), no dia 11 de julho, numa operação conjunta envolvendo as polícias do Tocantins e do Rio Grande do Sul. Após a prisão ele foi trazido para o Tocantins para a Casa de Prisão Provisória de Palmas (PP) e posteriormente transferido para o presídio Barra da Grota, em Araguaína, onde veio a falecer no domingo, 23.

As investigações apuraram que Dad Charada era membro de uma pequena facção goiana, aliada de uma grande facção de São Paulo, com atuação em todo o território brasileiro. Este ano ele resolveu deixar a facção paulista e se aliar a uma facção carioca, também com atuação em todo o país.

A política concluiu que ao se juntar à facção carioca a ascensão de Charada na estrutura hierárquica da organização criminosa aconteceu de forma muito rápida. De imediato decidiu iniciar uma guerra contra antigos aliados para tomada de território. O plano consistia em eliminar as lideranças da facção paulista que atuavam em Palmas, deixando os pequenos traficantes sem referência na venda de drogas na Capital. A polícia explica que Charada já havia sido membro das duas facções rivais, portanto, tinha informações privilegiadas e conhecia muito bem seus antigos parceiros de crime. A meta, segundo apurou a polícia, era eliminar ao menos 100 integrantes das facções rivais.

Por JO

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